quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Rebeldes, mas sem filosofia


Nei Alberto Pies 
"A rebeldia nos jovens não é um crime. Pelo contrário: é o fogo da alma que se recusa a conformar-se, que está insatisfeito com o status quo, que proclama querer mudar o mundo e está frustrado por não saber como"(http://www.chabad.org.br)
Controlar ou emancipar a juventude é um dos dilemas de nossos tempos. Como escreveu Moisés Mendes, em artigo Esses jovens: “O jovem com vontades é uma invenção recente da humanidade. E o jovem capaz de influenciar os outros com suas vontades é uma invenção com pouco mais de 40 anos”. (ZH 13/11/11) Ao longo dos tempos, os jovens resistem e mantém acesa a ideia de mudar o mundo. Desejam, profundamente, que ideais e mundo sejam uma nota só. Seus sonhos projetam ideias em teimosia. Eles têm consciência que precisam controlar o seu “fogo ardente”, mas desejariam que este controle fosse deles, não daqueles que representam qualquer autoridade (pais, professores, psicólogos, legisladores, juízes, polícia). Rejeitam serem pensados pelos outros.
Os jovens sempre gostaram de desafiar os adultos, embora nunca tenham dispensado o apoio sincero e franco, a escuta compreensiva e a orientação bem intencionada dos mais velhos. A novidade de agora é que se apoderaram, como antes nunca visto na história, de uma poderosa ferramenta de comunicação e interação: a internet e as redes sociais. Parece, no entanto, que sua fragilidade está no fato de que ainda não terem vislumbrado uma filosofia capaz de dar envergadura para sustentar as causas de sua rebeldia. Faltam-lhes  frases,  bordões; falta-lhes filosofia.
O inconformismo que caracteriza os jovens é a força renovadora que move o mundo, mas também algo que incomoda os já acomodados. Acomodados, despreparados ou desconhecendo a realidade do universo juvenil, muitos desqualificam a juventude, vendo-a como um incômodo ou como uma fase de passageira rebeldia. Ao invés de emancipar, desejam controlar, dominar, moralizar. A rebeldia é o sinal de que a juventude continua sadia, cumprindo com o seu papel de provocadora de mudanças. A rebeldia, aos olhos da filosofia, é atitude de quem quer ser sujeito de sua história, não seu coadjuvante. A filosofia, como o inconformismo, motiva cada um na busca de seus próprios caminhos. Se os jovens mantiverem senso de direção, terão o poder de mover mundos.
O filósofo Sócrates, na Grécia Antiga, acreditando na emancipação humana, desenvolveu a maiêutica. Concebeu o papel dos sábios a um trabalho de parteira (que ajudam a dar a luz). Ele acreditava que a verdade e o conhecimento estão com cada um e cada uma de nós, e cada indivíduo pode descobrir as razões e verdades que motivam seu viver. Não por acaso, fora considerado um incômodo para Atenas. Uma das razões de sua condenação à morte foi insuflar a juventude a pensar por sua conta.

O fato é que os jovens de hoje vivem o seu tempo a partir de suas percepções, vivências e leituras. Seremos capazes de compreendê-los em nosso momento histórico? Teremos disposição para o diálogo e a escuta, buscando entender os desejos, sonhos, medos e angústias que os movem? 
Vale pensar que filosofia e rebeldia desencadeiam atitudes altivas e saudáveis, próprios daqueles que decidem pensar. Jovens e adultos, no entanto, precisam discernir que causas valem uma vida. A violência e a agressão, em forma de rebeldia, não podem ser toleradas. Mas, acima de tudo, a opção é da sociedade: apostar e empenhar-se na emancipação e inclusão da juventude ou considerá-la como constante ameaça contra a ordem social. Cada opção, com seu preço.
 Nei Alberto Pies, professor e ativista de direitos humanos


Disponível: http://boletimodiad.blogspot.com

De corrupção e faxina



Prof. Nei Alberto Pies
Ativista de Direitos Humanos

“A política não é a arte do que é possível fazer, mas sim de tornar possível o que é necessário fazer”.
 (Augusto Boal, dramaturgo brasileiro)

Nem a faxina e nem a corrupção são invenções femininas. A corrupção é um evento de natureza essencialmente humana, que decorre como fruto das oportunidades, elaboradas ou fortuitas, do caráter dos oportunistas ou dos interesses escusos ou mal intencionados. Jamais acabaremos com a tão disseminada “praga” da corrupção que corrompe os espaços da esfera pública e privada. O que podemos fazer é “torná-la cada vez mais difícil de ser praticada”, como pensa a nossa presidenta da República Dilma Rousseff. 
Quem cunhou o termo “faxina” para denominar os esforços que governo, parlamentares e organizações da sociedade estão empenhando pelo controle da corrupção o fez sem considerar o significado do próprio conceito e sem pensar nas conseqüências nele implicadas. A verdadeira faxina é praticada todos os dias, nas nossas ruas e casas, por milhares de mulheres e homens no Brasil que, de forma digna, fazem deste ofício o sustento e alento de suas vidas. Estes, sim, “faxinam” os nossos lixos e restos.
É difícil falar de faxina sem recorrermos a uma casa. Ocorre que existem implícitas em toda faxina diferentes modos de conceber a arrumação como a limpeza de uma casa. Há quem prefira casas esterilizadas, semelhantes a um centro cirúrgico ou cenário de novela. Há outros, no entanto, que preferem casas que promovam a vida e a festa, muito antes da arrumação. Carlos Drummond de Andrade, em seu poema “A casa arrumada” afirma que:
“casa com vida é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa em festa”.
Faxinar pressupõe, por isso mesmo, “limpar o ambiente” com a certeza de que o mesmo logo mais estará sujo. E não é isto que se deve fazer para combater a corrupção.
O fato é que, no nosso jeito brasileiro, em cada momento histórico, vamos fabricando expressões lingüísticas para deixar tudo como está ou para zombar de quem está fazendo alguma coisa. Sempre arrumamos formas de não assumir nossa responsabilidade individual diante dos problemas enfrentados por todos. Fica muito mais fácil e cômodo ignorarmos a “corrupção nossa de cada dia”, aquela que enxergamos e da qual temos conhecimento, focando como se a mesma se concentrasse na Capital Federal, Brasília. É sempre menos comprometedor faxinar do que combater.
 No Brasil, não vivemos a cultura da radicalidade. Pela radicalidade, buscaríamos as soluções para nossos problemas a partir da raiz de sua existência.  Radicalidade é a nossa predisposição para a mudança efetiva e comprometida das realidades. Mas será que temos alguma predisposição para mudar o curso das coisas que movem a nossa vida social? A quem interessa combater a corrupção?
A corrupção gera-se em contextos circunstanciais, quando há oportunidades reais para que alguém, a partir de sua posição ou poder, apodere-se injustamente de algo que não lhe pertence. Não há como deter controle absoluto sobre as condutas pessoais e nem sobre a corrupção, mas há muito para fazer para resgatarmos valores como a ética, a justiça, a responsabilidade social, o zelo e a consideração pelas coisas públicas, a dignidade humana, o valor da política. Estes, sim, podem constituir uma nação mais cidadã e mais livre. São o verdadeiro antídoto para combater a corrupção.


Disponível: http://boletimodiad.blogspot.com


Filosofia e Vida


Filosofia e Vida
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8DVnjsbQlZcSL9Ro6I4aPSI6x6mzMfYghRsalYaYlXitA19q5rYINnOSkKEsza-XsJ6G0Gxm-M4MhGvZGzefCrxpUL4ocvzRMf-Q5jC6dB7sWHrpB-2MXXK0QrmO3ohLumtpJq8CkUv58/s400/mafalda1-2.jpg
A filosofia é uma interrogação constante sobre uma realidade complexa e em movimento, que não aceita respostas prontas e fechadas, se tornando um movimento em direção ao saber. Para a filosofia, respostas tipo: “sim porque sim” e “não porque não”, não são aceitas porque ela busca a raiz, o fundamento das coisas para analisar; portanto, tudo deve ser justificado com bases sólidas.
A partir de Sócrates, a filosofia passa definitivamente refletir sobre a vida, sobre nós mesmos. Para que filosofia? Para entendermos a realidade humana e entendermos que o mundo que nos cerca não é tão “normal” como o percebemos!
“A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A Filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de qualquer coisa, um modo de se colocar diante da realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas. Essa reflexão permite ir além da pura aparência dos fenômenos, em busca de suas raízes e de sua contextualização em um horizonte amplo, que abrange os valores sociais, históricos, econômicos, políticos, éticos e estéticos. Por essa razão, ela pode se voltar a qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. (…) A Filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre as portas das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida. A Filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área que ela não perturbe.”

Ref.: (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1998. Págs. 77 e 78.)


Questões: 

1- Pensar a filosofia e não vincularmos com a vida é uma alienação? 
2- Como deve ser uma interrogação filosófica? E como deve-se responder a essa interrogação?
3- Tendo com base o texto, responda: 
      a) O que é filosofia?     
      b)Para que filosofia?
      c) O que não é filosofia? 
4- Por que a filosofia incomoda? 

(Obs: Responder as perguntas através de comentários)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Um pouco de Filosofia em Política


Um pouco de filosofia em política

A palavra política deriva do grego "politikós", adjetivo que significa tudo o que se refere à cidade (em grego, "pólis"). Mas o conceito de "pólis" é mais abrangente do que o nosso conceito de município. Na Grécia Antiga, entre os séculos 8 e 6 a.C, surgiram as "pólis", que eram, ao mesmo tempo, a cidade e o território agropastoril em seus arredores, que formavam uma unidade administrativa autônoma e independente: uma cidade-Estado, quase como um país nos dias de hoje. Atenas e Esparta são as cidades-Estado mais famosas da Antiguidade grega.

De qualquer modo, inicialmente, a expressão política referia-se a tudo que é urbano, civil, público. O significado do termo, porém, expandiu-se graças à influência de uma obra do filósofo Aristóteles (384-322 a.C), intitulada Política. Nela, o filósofo desenvolveu o primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado - ou seja, o conjunto das instituições que controlam e administram um país - e sobre as várias formas de governo.

Política, então, passou a designar a arte ou ciência do governo, isto é, a reflexão sobre essas questões, seja para descrevê-las com objetividade, seja para estabelecer as normas que devem orientá-la. Durante séculos, o termo passou a ser usado para designar obras dedicadas ao estudo das atividades humanas que de algum modo se refere ao Estado. Entretanto, nos dias de hoje, ele perdeu seu significado original, que foi gradativamente substituído por outras expressões, como "ciência política", "filosofia política", "ciência do Estado", "teoria do Estado", etc. Política passou a designar mais as atividades, as práticas relacionadas ao exercício do poder de Estado.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conceito Política


Política
As pessoas que possuem poder, dentro da política, tem de se mobilizar para a melhoria do lugar onde atua, visando o bem para todas as pessoas.
Corrupção – Ativa e Passiva
Oferecer ou prometer vantagem ao funcionario público a fim de que ele omita ou pratique tal ato indevido, é considerado corrupção ativa e essa forma de corrupção se aplica a qualquer pessoa.
Aceitar  capital irregular, levando vantagem indefinida, ou aceitar promessa para tal vantagem é considerado corrupção passiva e só pode ser cometida por funcionario público. A pena de prisão para os dois atos é considerada a mesma:  Pode ser de 02 a 12 anos de prisão + multa.
Ano Eleitoral
Como o proprio nome já diz, ‘ano eleitoral’ é o ano em que elegemos Prefeitos, Vereadores e assim por diante. É considerado proibido para os agente públicos, ou não, qualquer conduta que poderá afetar a igualdade de oportunidade entre os candidados dos partidos eleitorais.
A importância do voto:
O voto é a forma legal de escolher quem irá nos representar politicamente e seu alistamento é uma condição indispensavel, a seu exercício de cidadania, já que só assim nos tornamos eleitores.
Aqui no Brasil, o ato de votar é obrigatorio para os que possuem idade superior a 18 anos.  É opcional para os que possuem desesseis, desessete anos, para os analfabetos e para aqueles que possuem idade acima de setenta anos. O voto é vedado aos estrangeiros e jovens recrutados ao serviço militar obrigatorio.
Não devemos vender nosso voto porquê com ele estamos decidindo quem cuidará do próximo país, estado, cidade ou município durante os anos seguintes.

Uma reflexão sobre filosofar

   A filosofia nasceu da necessidade humana de entendimento, do ato de buscar respostas para as principais dúvidas que inquietam o pensamento humano: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?.
   Destas questões originaram-se também todas as ciências, as religiões e as artes. Ao descobrir o ato de investigação, o homem não só aperfeiçoou os elementos de seu cotidiano, mas deu início à evolução da humanidade. Filosofar é raciocinar e refletir sobre tudo o que faz parte do universo e do ser humano.
   A Filosofia não é uma disciplina reservada a poucos, mas sim a uma capacidade humana que deve ser praticada a todo momento, diariamente. Observar o mundo, questionar sua história, suas deficiências e características é fazer uso da filosofia, olhar para si mesmo e buscar informações informações para entender seu papel dentro do universo é filosofar. Filosofar é possuir coragem de desafiar o pensamento de toda uma era, mudar a história e levar a verdade aos que ainda nem existem.
   Pare, reflita sobre sua própria vida, pense em suas escolhas e planeje o seu futuro; assim, você estará conhecendo a sua filosofia de vida, exercendo principalmente sua capacidade de raciocínio e expressando os seus valores.    

Conceitual

"... jamais chegaremos a ser filósofos, ainda que tenhamos lidos todos os pensamentos de Platão e de Aristóteles, se somos incapazes de elaborar um raciocínio firme sobre uma proposição qualquer".
                                                                                                         (René Descartes)


     Este Blog é desenvolvido de um trabalho escolar, afim de expor nossos conhecimentos para todos, sem defender nenhum partido político. Estamos aqui simplesmente expressando nossas ideias.